domingo, 18 de outubro de 2009

E O RITO PROSSEGUE...



Foto: Danilo Canguçu


Após um pequeno intervalo, Bakxai volta essa semana!




Bilheteria aberta nos dias de espetáculo, às 18:30h, no local (Casa D'Itália).
Classificação 16 anos.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

É DIA DE BACO!

É HOJE A ESTRÉIA!

Foto: Danilo Canguçu


Foto: Spencer Tunik




SERVIÇO:

O QUE? BAKXAI – SOBRE AS BACANTES
QUEM? GRUPO ALVENARIA DE TEATRO, DIREÇÃO DANIEL GUERRA
QUANDO? ESTRÉIA 05 DE OUTUBRO, TODAS AS SEGUNDAS, TERÇAS E QUARTAS DE OUTUBRO, COM EXCEÇÃO DA SEGUNDA SEMANA (DE 12, 13 E 14), SEMPRE ÀS 20H.
E DIA 1° DE NOVEMBRO - DOMINGO!
QUANTO? R$16 E R$8
ONDE: CASA D’ITÁLIA
MAIORES INFORMAÇÕES COM: 8107-0273/ 9199-5696/ 8866-2392

Classificação 16 anos.

RELEASE DO ESPETÁCULO

http://alvenariadeteatro.blogspot.com/2009/09/release_22.html

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

IMERSÃO

Depois de formado o grupo, passamos quatro meses mergulhamos em estudos teóricos e práticos sobre a arte do ator. Após este período, investimos numa temporada intensa de prática denominada Projeto de Imersão. Este projeto teve como principal objetivo envolver nosso corpo cotidiano em flúido extra-cotidiano. Os encontros eram diários e as atividades eram divididas em dois blocos sequenciais: um no turno vespertino e outro à noite, que denominamos Treinamento Apolíneo- estudo de mímica corporal dramática, acrobacia, biomecânica, yoga, entre outros- e Treinamento Dionísiaco- energético.
Foram ao todo, quatro semanas de trabalho, de segunda à sexta, durante oito horas diárias, totalizando 148h de prática na Imersão. Essa vivência fertilizou nosso caminho durante os sete meses seguintes, nos quais foi gestado BAKXAI… “Perna avante, pés velozes, eis as Bacantes” .

REFERÊNCIAS...

“Um músico famoso, que ignorava as propriedades do haxixe, e que possivelmente nunca ouvira falar delas, cai em um círculo onde várias pessoas já haviam tomado a droga. Tentam fazê-lo compreender seus maravilhosos efeitos. Diante destes relatos prodigiosos, sorri com graça, por complacência, como um homem que quer se apresentar bem por alguns minutos. Seu desprezo é logo percebido pelos espíritos aguçados pelo veneno e os risos o ferem. As explosões de alegria, os jogos de palavras, as fisionomias alteradas, toda a atmosfera malsã irritam-no e levam-no a declarar, mais cedo talvez do que o desejasse, que esta charge de artista é má. A comicidade ilumina todos os espíritos como um relâmpago. Houve um redobramento de alegria. “Esta charge pode ser boa para vocês, diz ele, mas para mim, não” – “Basta que seja boa para nós”, replica egoisticamente um dos enfermos. Sem saber se está lidando com verdadeiros loucos ou com pessoas que simulam a loucura, nosso homem crê que o mais sensato a fazer é retirar-se; mas alguém fecha a porta e esconde a chave. Um outro ajoelhando-se diante dele, pede-lhe perdão em nome do círculo, e declara-lhe insolentemente, mas às lágrimas, que, apesar da inferioridade espiritual do músico, o que talvez provocasse um pouco de piedade, todos são tomados de uma profunda amizade com ele. Este resigna-se a ficar, e mesmo condescende, após súplicas veementes, em tocar um pouco de música. Mas os sons do violino, ao se difundirem pelo apartamento como um novo contágio, arrebatam ora um enfermo ora outro. Eram suspiros roucos e profundos, soluços súbitos, rios de sua música e, aproximando-se daquele cujo êxtase provocava maior ruído, pergunta-lhe se está sofrendo muito e o que seria necessário fazer para aliviá-lo. O enfermo, com êxtase no olhar, fita-o com um desprezo indizível. Querer curar um homem doente de excesso de vida, doente de alegria!”

Charles Baudelaire, Paraísos Artificiais.